sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mesmo com veto, Casagrande diz que vai manter orçamento do ES

 

Governador havia anunciado corte de gastos para 2013.
Dilma veta mudança na divisão dos royalties de contratos em vigor.

Após o veto do artigo 3º do projeto de lei aprovado no Congresso que diminuía a parcela de royalties e da participação especial dos contratos em vigor destinada a estados e municípios produtores de petróleo, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que vai manter o orçamento para 2013, como já havia anunciado anteriormente.

"Vamos ficar com o orçamento normal, mas vamos continuar com cautela. Vamos esperar a decisão do Congresso primeiro, antes de tomar alguma decisão", disse o governador ao G1, em entrevista por telefone.

Governador Renato Casagrande vê com otimismo o adiamento da votação do veto (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Governador Renato Casagrande.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Casagrande havia anunciado no início do mês que haverá corte de gastos dentro do orçamento de 2013 e um controle maior na realização de concursos públicos.

O governador também deu parabéns à atitude da presidente Dilma Rousseff. "A presidenta está de parabéns pela coerência. Ela já havia manifestado sua opinião, foi corajosa", afirma o governador. "Isso mostra também que o Brasil também tem segurança nos contratos, na preservação das leis. Há um equilíbrio, e fortalece nossa posição", completa.

Quanto à relação com os outros estados após o veto de Dilma, o governador afirmou que nada mudará. "Tudo ficará normal. Nós estamos defendendo nossos direitos, que são constitucionais, são visíveis. Todos os governadores compreendem isso. Estou tranquilo que esta é a minha tarefa como governador do Espírito Santo", declara Casagrande.

Segundo o governador, com o veto da presidente, os estados produtores devem evitar um possível questionamento do projeto junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Com esta decisão da presidente não vamos ao Supremo imediatamente. Está atendida a nossa preocupação. O Congresso tem o direito de fazer distribuição para a frente, mas para trás não”, finaliza.

Arte royalties - como fica a divisão das receitas do petróleo (Foto: Editoria de Arte / G1)

Arte royalties - como fica a divisão das receitas do
petróleo (Foto: Editoria de Arte / G1)

Veto presidencial
A presidente Dilma Rousseff decidiu vetar o artigo 3º do projeto de lei aprovado no Congresso que diminuía a parcela de royalties e da participação especial dos contratos em vigor destinada a estados e municípios produtores de petróleo. O veto era uma reivindicação de estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, dois dos principais produtores.
Dilma também decidiu editar uma medida provisória que destina para a educação 100% dos royalties de estados e municípios provenientes dos contratos futuros de exploração de petróleo.

A decisão presidencial sobre os royalties do petróleo será publicada na íntegra na edição de segunda-feira do "Diário Oficial da União".

Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram petróleo, como forma de compensação por possíveis danos ambientais causados pela extração.
Participação especial é a reparação pela exploração de grandes campos de extração, como da camada pré-sal descoberta na costa brasileira recentemente.

O anúncio do veto foi feito pelos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Edison Lobão (Minas e Energia) na tarde desta sexta (30), último dia do prazo que a presidente dispunha para assinar a sanção do projeto aprovado pela Câmara.

Com o veto presidencial, fica mantida a atual distribuição dos recursos a estados e municípios produtores dos campos atualmente em exploração.

Futuros campos
No caso dos futuros campos, fica mantida a distribuição do projeto aprovado pelo Congresso, pela qual os estados produtores perdem participação.

Assim, estados produtores de petróleo que hoje recebem 26% do dinheiro terão a fatia reduzida para 20% em 2013. Os municípios com extração passam dos atuais 26,25% para 15%, em 2013, chegando a 4%, em 2020.

A participação especial dos futuros campos de exploração, atualmente dividida entre União (50%), estado produtor (40%) e município produtor (10%), passaria a incluir estados e municípios onde não existe extração. Em 2013, tanto estados como municípios recebem 10%. Em 2020, 15%. A nova lei reduz a parcela atual de 40% destinada a estados produtores para 32%, em 2013, e para 20%, em 2020.

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Medida provisória
O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, afirmou que a MP só valerá para novas concessões.

A aplicação de 100% em educação se refere à arrecadação com os novos contratos. O valor, segundo o ministro Aloizio Mercadante, é um acréscimo ao mínimo constitucional exigido atualmente.

Também irão para a educação 50% dos rendimentos do Fundo Social, que é uma poupança pública com base em receitas da União. Esse fundo foi criado em 2010 e visa a aplicação em programas e projetos de combate à pobreza, educação, cultura, esporte, saúde, entre outros.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/11/mesmo-com-veto-casagrande-diz-que-vai-manter-ornamento-do-es.html

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Felipão e Parreira assumem seleção falando em obrigação de título na Copa de 2014

 

Felipão (e) e Parreira chegam a evento em que foram oficializados como técnico e coordenador da seleção

Felipão (e) e Parreira chegam a evento em que foram oficializados como técnico e coordenador da seleção

Sem meias-palavras, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira assumiram o comando da seleção brasileira nesta quinta-feira admitindo que o objetivo para a Copa do Mundo de 2014 é o título. Os dois técnicos campeões mundiais foram confirmados como técnico e coordenador, respectivamente, substituindo o antigo treinador Mano Menezes e o ex-diretor Andrés Sanchez.

MAIS SOBRE SELEÇÃO E CBF

Marcelo Sayão/EFE

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“Nós temos a obrigação, sim, de ganhar o título. Não somos favoritos agora, mas pretendemos nos tornar favoritos à medida que o trabalho vai sendo feito. Se estamos organizando uma Copa do Mundo e somos um país que tem cinco títulos mundiais, não podemos entrar em nossa Copa pensando em vice-campeonato, em terceiro ou quarto lugar”, falou Scolari.

A frase de Parreira foi menos enfática, mas com o mesmo sentido. O treinador ainda exaltou suas experiências anteriores em Mundiais: quatro com a seleção brasileira, uma com o Kuwait, outra com os Emirados Árabes Unidos, mais uma com a Arábia Saudita e a mais recente com a África do Sul.

“É uma honra disputar uma quinta Copa do Mundo [com o Brasil]. Isso é para poucos. Me sinto como um garoto. E é um prazer reviver uma dobradinha, como aquela com o Zagallo, que deu certo", discursou o carioca. "O objetivo é um só. Não passa pela nossa cabeça que não vamos ganhar. Hoje não somos favoritos, mas com certeza daqui um ano seremos uma seleção vitoriosa”.

Atualmente, o Brasil ocupa apenas a 13ª colocação no ranking de seleções da Fifa e, sob o comando de Mano Menezes, o combinado nacional não venceu nenhum clássico contra grandes adversários, com exceção ao triunfo no Superclássico das Américas, contra a Argentina, mas em jogo com times desfalcados de suas principais estrelas internacionais.

Por causa desse retrospecto e do vice-campeonato na Olimpíada de 2012, o nome de Felipão era especulado na seleção brasileira desde que Ricardo Teixeira deixou o comando do futebol nacional. Mano Menezes, porém, resistiu por oito meses no cargo, apesar da derrota na final em Londres. A demissão veio justamente após o último jogo do ano da seleção, contra a Argentina. O Brasil perdeu a partida por 2 a 1 no estádio da Bombonera, em Buenos Aires, mas ficou com o título do Superclássico nos pênaltis.

Inicialmente, o anúncio do novo treinador seria feito apenas em janeiro. Após a saída de Mano, porém, Marin e a CBF passaram a antecipar o prazo para a definição. A gota d’água acabou sendo a pressão da comitiva da Fifa, que está no Brasil para inspeções das obras para a Copa do Mundo de 2014 e, principalmente, para o sorteio da Copa das Confederações, que será disputada no ano que vem.

O evento está marcado para o próximo sábado e a entidade internacional não queria a cadeira de técnico da sede do torneio vaga. Com a negociação com Scolari facilitada pelo desejo mútuo para ter o gaúcho no cargo, a CBF marcou para a manhã desta quinta a confirmação.

http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2012/11/29/felipao-nos-temos-a-obrigacao-sim-de-ganhar-o-titulo-em-2014.htm

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cinco dicas para montar uma loja de sucesso

 

Dicas para montar uma loja de sucesso

Dicas para montar uma loja de sucesso

Uma das atrações da última Feira do Empreendor foi a Loja Modelo, um estabelecimento comercial que vende roupas e está montado de acordo com os princípios que mais atraem clientes. “É uma forma de transferir conhecimento de forma lúdica, com conceito aplicado e em pouco tempo”, diz Gustavo Azevedo, consultor do Sebrae-SP.

A loja da Feira do Empreendedor tem 90 m² e teve um investimento de cerca de R$ 80 mil. A seguir, confira cinco dicas para ter sucesso na sua loja:

Aroma também vende

A loja deve ter um cheiro que agrade ao público-alvo. “Comprar é uma experiência sensorial”, afirma Azevedo. De acordo com o consultor, há perfumistas que pensam no perfil dos clientes e elaboram um aroma específico. Se for agradável, as pessoas sentirão vontade de tocar nas peças e entrarão na loja.

Um bom som ambiente completa o clima

Quantas vezes você já saiu de um lugar por não suportar o tipo e o volume da música ambiente? Na Feira do Empreendedor, os monitores ensinam a sempre pensar no estilo do público e no objetivo da loja. Canções calmas fazem com que o tempo de permanência no recinto seja maior. Se é época de liquidação, a melhor opção é uma música agitada, que estimula o consumidores a gastar.

Também é importante evitar gêneros muito marcantes – lojas que reproduzam, com frequência, hits sertanejos ou do axé podem ficar associadas a eles. “A música instrumental é a ideal. Mas é preciso ter bom senso: ela não combinaria com uma loja de surf ou de games, por exemplo”, diz o consultor do Sebrae-SP.

Um espaço apenas para os homens

A Loja Modelo reserva uma área confortável, com poltronas, para os acompanhantes masculinos: o chamado estacionamento de marido. De acordo com Azevedo, as mulheres compram mais quando estão com as amigas e permanecem no estabelecimento pela metade de tempo nas ocasiões em que os parceiros as acompanham. Por isso, é importante ter um cantinho que os acomode pode ajudar as clientes a terem paz ao comprar.

A loja Realejo Multimarcas, em Ribeirão Preto, instalou uma mesa de sinuca para divertir os homens, enquanto as esposas passeiam pela loja. Ao redor dela, ficam expostos produtos para o público masculino, como bermudas. “Quase 100% deles compram esses artigos”, afirma Azevedo.

A vitrine é seu cartão de apresentação

De acordo com o consultor do Sebrae-SP, a vitrine é a maior ferramenta da loja. Não deve haver muitas informações no vidro, como número de telefone ou site. Ela deve ser limpa, destacando o nome da marca. É importante, mais uma vez, conhecer o público para saber quais peças expor e quantas vezes modificar o visual da frente – no mínimo, uma vez por semana. No caso de shoppings, quem frequenta os estabelecimentos durante a semana são pessoas que trabalham na região, que têm determinado poder aquisitivo. Aos sábados e aos domingos, a predominância é de moradores, pertencentes a uma classe social diferente.

Em entrevista, Gustavo Azevedo citou dois exemplos internacionais que inspiram a criação de vitrines. Nos Estados Unidos, está se tornando comum a técnica de instalar câmeras que registrem as microexpressões faciais de quem observa a loja, de fora. Depois, a equipe estuda quais configurações de vitrine fazem mais sucesso. Outro caso interessante mencionado pelo consultor do Sebrae-SP é a loja dos Estados Unidos chamada Uniqlo. Na vitrine, ela dispõe de modelos giratórias, que, além de chamarem atenção, podem ser visualizadas por dentro e por fora do local.

A disposição das peças é fundamental

Uma boa dica de como expor os produtos no interior da loja é considerar o caminho que os clientes costumam percorrer. Pesquisas empíricas, de acordo com Azevedo, comprovaram que o lado direito costuma ser visitado primeiramente. Por isso, é interessante colocar ali as peças de compra casual e frequente, que podem ser adquiridas por impulso.

No lado esquerdo, visualizado pelos clientes por último, devem ficar os chamados “produto-destino” – aqueles que devem ser escolhidos com mais tranquilidade, para situações específicas, como vestidos de festa. Nada impede de colocar uma manequim com roupa luxuosa do lado direito, entre as casuais: seria uma forma de mostrar que há diversidade na loja.

http://www.empreendedoronline.net.br/cinco-dicas-montar-loja-de-sucesso/

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ato dos royalties no Rio reúne 200 mil pessoas, diz PM

 

Artistas se apresentam em palco na frente da Câmara de Vereadores.
Governador Cabral chegou ao ato acompanhado de político e artistas.

Cerca de 200 mil pessoas participam do ato dos royalties, na noite desta segunda-feira (26), no Centro do Rio de Janeiro. O balanço foi divulgado pela Polícia Militar, às 18h. Para reforçar a segurança na Avenida Rio Branco, onde acontece o protesto, a corporação colocou 340 homens na região.

A manifestação chamada de "Veta, Dilma" é contra o projeto de lei 2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo. A estimativa é que se for sancionada, a lei fará com que o estado do Rio perca, já em 2013, R$3,4 bilhões em receita com royalties e participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.

Tumulto e spray de pimenta

Público lota a Avenida Rio Branco no ato contra a nova distribuição dos royalties no Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo)

Público lota a Av, Rio Branco no ato dos royalties no
Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo)

Por volta das 16h30, o governador Sérgio Cabral chegou à passeata, acompanhado da atriz Fernanda Montenegro, do governador do Espirito Santo, Renato Casagrande, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Assim que as autoridades chegaram houve um tumulto com um grupo de manifestantes, que são contrários à demolição do Maracanã e do Museu do Índio, na Zona Norte.

Os manifestantes quiseram falar com Cabral, mas foram impedidos pela segurança do governador. Houve confusão e policiais militares usaram spray de pimenta para dispersar o grupo.

Shows de funk e samba
Ao lado do governador Sergio Cabral e de outros políticos, a cantora Alcione cantou o Hino Nacional, no palco montado em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia.

A artista foi a primeira a se apresentar na manifestação, por volta das 17h50. Segundo os organizadores, o evento terá os shows de Xuxa, dos funkeiros Naldo, Buchecha, Mc Koringa, além do cantor Belo e dos grupos Fundo de Quintal, Molejo, Bom gosto e Monobloco.

Xuxa em passeata dos royalties (Foto: Alexandre Durao) (Foto: (Foto: Alexandre Durao))

Xuxa e Buchecha se apresentaram no palco montado no ato dos royalties (Foto: Alexandre Durão/G1)

Manifesto em Defesa do Rio
A cantora Fernanda Abreu subiu ao palco para ler o Manifesto em Defesa do Rio. O texto pede para a presidente Dilma vetar o projeto. O documento afirma que "o projeto que redistribui os royalties viola o pacto federativo e cria uma guerra sem vencedores".

O manifesto destacou que o "Rio atualmente vive um momento singular de desenvolvimento econômico após décadas de estagnação (...), sem os recursos dos royalties, projetos importantes ficarão comprometidos", diz o texto.

O funkeiro Naldo se apresenta no palco montado na Cinelândia  (Foto: Alexandre Durão/G1)

O funkeiro Naldo se apresenta no palco montado na Cinelândia (Foto: Alexandre Durão/G1)

Cara-pintada e bandeiras
Desde o início da tarde, manifestantes com o rosto pintado de azul e branco, as cores da bandeira do Rio de Janeiro, lotam a Avenida Rio Branco. Muitos dos participantes vieram de cidades da Baixada Fluminense e do interior do estado, principalmente de Campos dos Goytacazes, Macaé e Quissamã, cidades que recebem grande parcela dos royalties.

Veta, Dilma (Foto: Isabela Marinho/ G1)

Manifestantes estenderam faixa contra o governador Sérgio Cabral (Foto: Isabela Marinho/ G1)

O trem e o metrô ofereceram bilhetes, entre 13h e 15h, para os manifestantes. O retorno também será de graça nos trens da SuperVIa, na estação Central do Brasil, das 20h às 22h.

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Jingle
Um jingle em ritmo de funk foi criado especialmente para a manifestação. A música-protesto “Veta, Dilma” foi gravada na sexta-feira (16) pela Furacão 2000 e teria sido um pedido do governador Sérgio Cabral.

A letra foi produzida pelo "pai do funk" Rômulo Costa, com criação do DJ Rick Joe.

Ela é interpretada pelos MCs Marcelly e Willian, do grupo "Os Novinhos" e tem a participação de Neguinho da Beija-Flor.

A atriz Fernanda Montenegro faz discurso durante ato dos royalties no Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)

A atriz Fernanda Montenegro faz discurso durante ato dos royalties no Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)

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http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/11/ato-dos-royalties-no-rio-reune-200-mil-pessoas-diz-pm.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Veja lista de 15 filmes que podem ajudar na preparação para concursos

 

Produções auxiliam a adquirir conhecimento e o torna mais contextualizado.
Lista tem filmes recentes com as sinopses e as razões para assisti-los.

Estudar para concurso público não significa apenas se debruçar sobre livros, apostilas e provas anteriores. Assistir a filmes com conteúdo relacionado aos assuntos da atualidade ou com fatos históricos também são uma alternativa de preparação que pode ser bem eficiente.
De acordo com especialistas ouvidos pelo G1, matérias de concursos podem ser melhor assimiladas através de filmes, pois são uma forma de visualizar e resumir temas estudados, fugindo da rotina da leitura.

Os professores dizem que as produções cinematográficas auxiliam a adquirir conhecimento e o torna mais contextualizado, e os assuntos acabam sendo assimilados de forma mais descontraída, pois ajudam a prender a atenção e ainda transformam o estudo em lazer.
Orlando Stiebler, professor do curso Concurso Virtual, diz que os filmes têm a possibilidade de conciliar aprendizagem com relaxamento. Para ele, assistir a um filme é um momento de lazer que não desgasta o aluno. “Muitas produções cinematográficas vão ao encontro de conteúdos abordados em provas, principalmente de atualidades. E a visualização facilita o entendimento dos assuntos”, explica.
Para Stiebler, diversas matérias de concursos podem ser melhor entendidas através de filmes. “Nada impede que o aluno possa ver um filme por dia, até porque duas horas por dia de descanso são mais do que necessárias. Estudar o dia inteiro, sem tréguas, causa estafa, e o relaxamento é tão importante quanto disciplina e planejamento nos estudos”, afirma.
“Os filmes irão complementar a preparação. Em vez de extrapolar o tempo planejado de estudos, é muito mais produtivo ter uma pausa estratégica. E ao assistir a filmes com conteúdos apropriados o candidato estará também estudando sem perceber”, diz Stiebler.
Ele afirma que existem outras manifestações culturais que também podem ajudar na preparação, como uma peça de teatro. “Aconselho sempre antes da prova assistir ao documentário ‘O equilibrista’, que é uma lição de vida e de superação e que pode ser combustível extra numa reta final de estudos exaustivos.”

Alex Mendes, professor de atualidades da Academia do Concurso, explica que muitos candidatos são mais visuais e auditivos do que leitores, pois conseguem fixar o conhecimento através de analogias de imagens e falas, e os filmes auxiliam a adquirir conhecimento e o torna mais contextualizado, o que permite uma melhor compreensão da temática exposta.
Para Mendes, o candidato não pode pensar que está perdendo tempo assistindo a filmes em vez de estar estudando. “As modalidades de aquisição do conhecimento são variadas e utilizar os dois lados do cérebro é importante para a fixação de conhecimentos. Quem lê está utilizando prioritariamente a parte racional. No entanto, quando concilia com o lado emocional, forma sinapses que permitem a melhor compreensão e formação do conhecimento desejado”, explica.
Mendes sugere que o candidato, após adquirir conhecimento teórico, assista a um filme sobre o tema, pois assim ativará os dois hemisférios cerebrais e irá adquirir melhor compreensão e fixação. “A única coisa que não vale é assistir a filmes a esmo, sem conexão com o que se está buscando entender”, diz. Segundo ele, caso o candidato opte por fazer resumo do filme, deve relacionar o conhecimento teórico obtido com os livros e o filme em questão. “O fichamento é uma excelente alternativa”.
Para Igor Fernandez, professor do Instituto Profuturo, os filmes podem ajudar na preparação para provas, pois são uma forma de visualizar e resumir temas estudados. “O filme pode tocar em partes de determinado assunto que não haviam sido interpretadas por algum texto”, diz.
Fernandez afirma que os filmes podem ajudar em várias disciplinas além de atualidades,
como história, geografia, sociologia e até nas questões discursivas, pois ajudam na formação de uma ideia sobre determinado tema.
Para ele, os filmes ajudam a fugir da rotina de estudos, normalmente focada apenas em aulas, livros e vídeo-aulas. “Os filmes ajudam na assimilação de temas de maneira mais descontraída, além de ajudar a prender mais a atenção do candidato e transformar o estudo em lazer, ajudando a relaxar da pressão dos estudos e possivelmente reunir o candidato com sua família durante sua rotina de estudos”.

Ele recomenda ainda assistir a filmes sem estarem relacionados a temas de estudos, mas para motivar o candidato, como “Homens de honra”, “Rocky”, “Menina de ouro” e “Invictus”. O professor indica assistir a filmes pelo menos uma vez por semana, de preferência durante os finais de semana. “Aproveita-se para estudar e passar um tempo com a família”, diz.
Fernandez aconselha a fazer ficha resumo do filme após assisti-lo, com os principais pontos e como a ideias têm relação com os estudos. “Às vezes filmes inusitados têm temas bem contemporâneos. Vale também fazer uma redação sobre o tema do filme e assim treinar a escrita para as provas que exigirem redação”, diz.

VEJA LISTA DE FILMES SUGERIDOS PELOS TRÊS PROFESSORES


FILMES SUGERIDOS PELO PROFESSOR ALEX MENDES

Lixo Extraordinário (Foto: Divulgação)Cena de 'Lixo extraordinário' (Foto: Divulgação)

LIXO EXTRAORDINÁRIO (2010)
Tema: fechamento do maior lixão da América Latina, no Jardim Gramacho, Rio de Janeiro
Sinopse: filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), o filme acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
Por que assistir: o tema do filme é meio ambiente e o documentário ressalta as condições de vida dos catadores nos lixões brasileiros, em particular no Jardim Gramacho.

5x Pacificação (Foto: Divulgação)

Cena de '5x Pacificação' (Foto: Divulgação)

5x PACIFICAÇÃO (2012)
Tema: violência urbana e unidades de polícia pacificadoras (UPPs)
Sinopse: o filme apresenta o processo de implantação de UPPs no Rio de Janeiro sob diversos aspectos mostrados por jovens cineastas moradores de favelas. Para contar a história das UPPs nas favelas do Rio de um modo diferente do que se vê nos noticiários, os produtores Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães abraçaram o projeto de quatro diretores de “5x Favela – agora por nós mesmos”, para que as UPPs fossem examinadas de dentro, do ponto de vista de quem mora nas comunidades.
Por que assistir: o tema do filme é segurança pública e mostra o processo de pacificação nas favelas cariocas dominadas pelo tráfico durante décadas.

Trabalho interno (Foto: Divulgação)

Cena de 'Trabalho interno' (Foto: Divulgação)

TRABALHO INTERNO (2010)
Tema: crise econômica mundial
Sinopse: narrado por Matt Damon, o documentário revela verdades incômodas da crise econômica mundial de 2008. A quebradeira geral, cujo custo é estimado em US$ 20 trilhões, resultou na perda do emprego e moradia para milhões de pessoas. Com pesquisa e entrevistas, o filme revela as relações de políticos e agentes reguladores.
Por que assistir: o tema do filme é a crise econômica mundial e suas consequências para os EUA e o mundo.

Terra 2100 (Foto: Divulgação)

Cena de 'Terra 2100' (Foto: Divulgação)

TERRA – 2100 (2009)
Tema: crescimento populacional e meio ambiente
Sinopse: cientistas alertam que as degradações ambientais só vão piorar, a ponto de, até o ano 2100, a civilização moderna entrar em colapso e a humanidade será mergulhada em modo de subsistência feudal. O documentário da ABC News faz uma projeção desse mundo cataclísmico e traz entrevistas com renomados cientistas e especialistas.
Por que assistir: o tema do filme é o crescimento populacional e o meio ambiente, ou seja, como é o impacto ambiental trazido pela ações do ser humano no planeta, associado ao modo de vida contemporâneo.

Persepolis (Foto: Divulgação)

Cena de 'Persepolis' (Foto: Divulgação)

PERSEPOLIS (2007)
Tema: revolução islâmica – mundo árabe
Sinopse: Marjane é uma jovem iraniana de 8 anos que sonha em ser uma profetisa do futuro para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduzem à queda do Xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos "guardiões da revolução", que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, deseja se transformar numa revolucionária. Mas, para tentar protegê-la, seus pais a enviam para a Áustria.
Por que assistir: o filme mostra as crises no mundo árabe-islâmico e seus confrontos contra Israel e o mundo ocidental.


FILMES INDICADOS PELO PROFESSOR ORLANDO STIEBLER

MARGIN CALL  - O DIA ANTES DO FIM  (Foto: Divulgação)

Cena de 'Margin Call - O dia antes do fim' (Foto: Divulgação)

MARGIN CALL - O DIA ANTES DO FIM (2011)
Tema: crise econômica
Sinopse: a trama envolve funcionários de uma empresa de investimentos durante um período de 24 horas, na fase inicial da crise financeira de 2008. Quando o analista de operações Peter Sullivan acessa informações que podem revelar a queda da empresa, uma montanha russa de decisões financeiras e morais empurra a vida de todos os envolvidos para a beira do desastre.
Por que assistir: a crise econômica mundial é um assunto que vem caindo em diversas provas de concursos, com enfoque maior na situação europeia. França, Espanha, Grécia, Portugal e outros países periféricos trazem questões constantes: os protestos populares, os planos de austeridade, o fortalecimento dos movimentos de extrema-direita e a xenofobia crescente, além do separatismo catalão, no caso específico da Espanha.

Cena do filme 'Argo', estrelado e dirigido por Ben Affleck (Foto: Divulgação)

Cena de 'Argo', estrelado e dirigido por Ben Affleck (Foto: Divulgação)

ARGO (2012)
Tema: Irã e as relações com os EUA
Sinopse: baseado em fatos reais, o filme narra a operação de vida ou morte secreta para resgatar seis americanos em meio aos reféns no Irã. Em 4 de novembro de 1979, enquanto a revolução iraniana atinge seu ápice, militantes atacam a embaixada dos EUA e fazem 52 americanos reféns. Mas em meio ao caos, seis pessoas conseguem escapar e se refugiam na casa do embaixador canadense. Sabendo que é apenas questão de tempo até serem encontrados e mortos, o especialista da CIA em “exfiltração”, Tony Mendez (Ben Affleck), arquiteta um arriscado plano para colocá-los com segurança para fora do país.
Por que assistir: o filme lembra dois fatos atuais. O primeiro envolve as relações entre EUA e Irã que estão sempre em evidência, e o polêmico programa nuclear iraniano que causa preocupação entre os norte-americanos e grande parte da comunidade internacional. O Irã não admite seus objetivos bélicos e argumenta que seu programa tem apenas propósitos civis. O segundo fato tem a ver com a morte de um embaixador dos EUA no exterior. Em 2012 ocorreu a morte de Christopher Stevens, na Líbia, fato inédito desde 1979, quando ocorreu a Revolução Islâmica no Irã. Muitos especulam que a morte de Stevens teve relação direta com a exibição do polêmico trailer de “A Inocência dos Muçulmanos”.

Tropicália (Foto: Divulgação)

Cena de 'Tropicália' (Foto: Divulgação)

TROPICÁLIA (2012)
Tema: cultura e história do Brasil
Sinopse: um dos maiores movimentos artísticos do Brasil ganha vida neste documentário. Numa época em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, misturaram desde velhas tradições populares a muitas das novidades artísticas ocorridas pelo mundo e criaram o Tropicalismo, abalando as estruturas da sociedade brasileira e influenciando várias gerações. Com depoimentos reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas mais belas canções do período, "Tropicália" traz um panorama definitivo de um dos mais importantes movimentos culturais do Brasil.
Por que assistir: não são raras as questões que aludem ao passado do país, em especial ao período da ditadura militar. Politicamente, em 2012, esse passado voltou à tona com a criação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que tem por objetivo investigar os casos obscuros ocorridos não somente naquela época, já que a comissão oficialmente investigará crimes ocorridos com a participação de agentes do Estado brasileiro entre 1946 e 1988. O documentário é sobre o movimento artístico, mas impossível não associar aos fatos mais relevantes da época.

Quebrando o Tabu (Foto: Divulgação)

Cena de 'Quebrando o tabu' (Foto: Divulgação)

QUEBRANDO O TABU (2011)

Tema:
drogas e políticas públicas de combate aos entorpecentes

Sinopse:
há 40 anos os EUA levaram o mundo a declarar guerra aos entorpecentes, numa cruzada por um mundo livre de drogas. Mas, os danos causados nas pessoas e na sociedade só cresceram. Abusos, informações equivocadas, epidemias, violência e o fortalecimento de redes criminosas são os resultados da guerra perdida em escala global. O documentário traz depoimentos de Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton, Jimmy Carter, entre outros ex-presidentes, além de Dráuzio Varella, Paulo Coelho e Gael Garcia Bernal.

Por que assistir:
em provas são constantes as questões sobre o debate atual de descriminalização das drogas e de como os Estados podem enfraquecer os cartéis e o tráfico em geral. Casos como do México, Colômbia, Bolívia e Brasil merecem atenção. As ações policiais por aqui, como no cenário da epidemia de crack, ganham destaque nos concursos, ainda mais agora com as políticas de internação compulsória de adultos em São Paulo e no Rio de Janeiro. A polêmica recente com relação ao uso da maconha no Uruguai, onde o governo de José Pepe Mujica propôs a venda oficial a partir do Estado, ou seja, a estatização da maconha, também deve cair nas próximas provas.

O homem mais procurado do mundo (Foto: Divulgação)

Cena de 'O homem mais procurado do mundo' (Foto: Divulgação)

O HOMEM MAIS PROCURADO DO MUNDO (2012)
Tema: política externa norte-americana de combate ao terrorismo
Sinopse: baseada em história real, a trama se foca na ação conjunta da CIA em parceria com os operativos das forças especiais do Exército norte-americano, os chamados seals. Em operação no Paquistão, eles estão em busca das pistas que vão levar o governo dos EUA ao seu maior inimigo: o terrorista Osama Bin Laden, o homem mais procurado do planeta.
Por que assistir: as ações norte-americanas no Oriente Médio são sempre temas de prova, e a morte do terrorista Osama Bin Laden não poderia ser diferente. Em 2012 foi lançado o livro “Não há dia fácil”, escrito por um ex-seal, que participou da operação sob o pseudônimo de Mark Owen, o que trouxe mais interesse sobre a chamada Operação Gerônimo. No ano das eleições dos EUA, esse tipo de assunto mereceu toda a atenção. Ainda sobre o tema das guerras americanas do Iraque e do Afeganistão, outra dica de filme é “Rota Irlandesa”, lançado em 2012, que enfatiza os interesses econômicos em guerras como essas, em particular dos mercenários estrangeiros.

FILMES SUGERIDOS PELO PROFESSOR IGOR FERNANDEZ

Xingu (Foto: Divulgação)

Cena de 'Xingu' (Foto: Divulgação)

XINGU (2012)
Tema: questão indígena no Brasil
Sinopse: o filme retrata a viagem e o contato dos irmãos Villas-Boas (Cláudio, Orlando e Leonardo) com tribos indígenas do Xingu, desde sua chegada e o início de suas relações com os nativos até a sua luta pela demarcação de terras para as tribos antes que ocorresse algum dano na região amazônica por parte do governo ou de empresas madeireiras. A luta dos irmãos consegue um resultado positivo, que acabou ocorrendo em 1961 com a homologação pelo governo federal da primeira reserva indígena. Todo este empenho e luta pela defesa dos direitos dos indígenas faz com que os irmãos Villas-Boas sejam considerados ainda hoje os grandes defensores dos direitos dos indígenas no Brasil.
Por que assistir: o filme ajuda a entender um processo histórico ocorrido dentro de nosso país durante meados do século XX pela busca dos direitos dos nativos da terra.

Tão forte e tão perto  (Foto: Divulgação)

Cena de 'Tão forte e tão perto' (Foto: Divulgação)

TÃO FORTE E TÃO PERTO (2011)

Tema:
EUA pós-atentados às Torres Gêmeas
Sinopse: menino de 9 anos parte numa busca para desvendar um mistério e encontrar a fechadura que só pode ser aberta por uma chave que ele encontrou num envelope no closet do pai, vítima dos atentados de 11 de setembro.

Por que assistir:
O filme não é o que podemos chamar de filme histórico ou coisas do gênero, porém, é uma boa pedida, pois apresenta uma cidade ainda cheia de ressentimentos (a cidade de Nova Iorque) devido aos atentados terroristas que sofreu alguns anos atrás. A jornada do protagonista nos brinda com todo o novo contexto social em que se encontra a maior nação do mundo contemporâneo, os EUA, e como estão reagindo 11 anos depois às questões do 11 de setembro.

Batman: O cavaleiro das trevas ressurge  (Foto: Divulgação)

Cena de 'Batman: o cavaleiro das trevas ressurge' (Foto: Divulgação)

BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE (2012)
Tema: terrorismo e tráfico de armas
Sinopse: terceira parte da trilogia do diretor Christopher Nolan para o herói mascarado Batman. No filme, que se passa alguns anos após “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, o herói tem que retornar à ativa para enfrentar uma nova ameaça terrorista que pretende destruir Gothan City: Bane.
Por que assistir: este filme do Batman pode ser importante para fugir da rotina e ao mesmo tempo informar com uma boa dose de adrenalina e ação assuntos que têm estado em pauta atualmente: tráfico de armas, estratégias políticas e, principalmente, ações terroristas buscando alterar a estrutura vigente através de atitudes violentas (no caso do filme, um grande atentado em um estádio lotado).

Antonio Conselheiro (Foto: Divulgação)

Cena de 'Antonio Conselheiro - o taumaturgo dos sertões' (Foto: Divulgação)

ANTÔNIO CONSELHEIRO - O TAUMATURGO DOS SERTÕES (2012)
Tema: Guerra de Canudos
Sinopse: o filme retrata a famosa guerra de Canudos, quando o governo republicano enviou expedições para derrubar a cidade erguida no sertão por Antonio Conselheiro, líder espiritual e político que propunha protestos contra o governo.
Por que assistir: explica um dos principais movimentos contrários ao governo republicano através de uma boa reconstituição de época e atuações convincentes.

Referendo (Foto: Divulgação)

Cena de 'Referendo' (Foto: Divulgação)

REFERENDO (2012)

Tema:
porte de armas
Sinopse: documentário que relata o plebiscito que dividiu opiniões e que tinha como questionamento o desarmamento da população brasileira. A questão era responder “sim” se fosse a favor do desarmamento ou “não” se fosse contrário.  O desarmamento envolveria a proibição de compra e venda de armas de fogo no Brasil, bem como a entrega das armas de fogo pela população civil.
Por que assistir: relembrar o que é um referendo e como a população acaba por ter voz ativa nas questões mais pertinentes ao bem estar da nação. O referendo do desarmamento é bem recente e envolve questões morais como a liberdade de escolher entre ter ou não ter uma arma.

http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2012/11/veja-lista-de-15-filmes-que-podem-ajudar-na-preparacao-para-concursos.html

domingo, 25 de novembro de 2012

UnitedHealth compra Amil. Com negócio, brasileiro pode entrar para grupo dos dez mais ricos do mundo

 

Claudio Belli/Valor/Folhapress

 

Compra foi aprovada em 13 dias pela ANS

A compra da Amil carimba a entrada no Brasil da United, uma gigante com 78 milhões de clientes em 17 países e faturamento de mais de US$ 100 bilhões por ano.

Para que o "projeto Samba" saísse do papel, o brasileiro Edson Bueno, da Amil, e Steve Hemsley, presidente da United, precisaram deixar de lado o modorrento protocolo que cerca operações desse tipo: dispensaram a assessoria de bancos, passaram a negociar pessoalmente e baixaram a regra dos codinomes para todos os que participaram da fase final.

A estratégia que culminou na operação foi desenhada em agosto, durante almoço entre os dois executivos na casa de veraneio do brasileiro em Pasadena, Califórnia.

A negociação havia sido enterrada um mês antes devido a um impasse sobre preço final. Até então, a United era representada pelo banco JPMorgan. A Amil, pelo Credit Suisse.

"Steve pediu que deixássemos os bancos de lado e tratássemos diretamente. Falei que tudo bem, mas que não adiantava vir com preço baixo de novo", diverte-se Bueno. "Ele concordou. Mas disse que não adiantava chegar com aqueles valores altos."

O meio-termo veio em cerca de duas semanas. O dono da Amil, que nos últimos cinco anos tornou-se um dos empresários mais agressivos do país ao comprar quase 20 empresas, concordou em passar o controle de sua operadora, fundada em 1972 por ele e a ex-mulher, Dulce Pugliese.

Em troca, recebeu um prêmio de 24% sobre o valor de mercado da Amil e uma participação de 0,8% no capital da United, suficiente para garantir assento no conselho de administração da empresa.

DEZ MAIS RICOS

Isso leva Bueno à posição de maior acionista individual do grupo americano, o que, juntamente com os R$ 3,3 bilhões recebidos pela maioria de suas ações da Amil, deve catapultá-lo ao seleto grupo dos dez homens mais ricos do mundo.

"Sair como vendido seria muito chato. Queríamos fazer parte de algo maior", diz Bueno ao comentar seu novo status no setor.

Os codinomes usados pelas equipes de Edson Bueno e do executivo Steve Hemsley, presidente da United, visavam evitar vazamentos sobre a operação das duas empresas, que têm ações em Bolsa e cujas primeiras conversas para uma associação haviam sido iniciadas em fevereiro deste ano.

A preocupação com sigilo beirava a "neurose", segundo relatos feitos à Folha por participantes das negociações. Havia senha e contrato de confidencialidade nas várias etapas da operação.

A United demonstrou, até mesmo, receio com o fato de o ex-ministro Antonio Palocci figurar como consultor da Amil, o que poderia causar constrangimentos.

Ministro mais poderoso do primeiro ano do governo Dilma, Palocci deixou a Casa Civil após a Folha revelar que multiplicou o patrimônio alegando consultorias.

A United foi avisada de que o ex-ministro fez esse tipo de serviço para a Amil na compra da operadora de saúde Medial e em aquisições no Nordeste, mas que hoje não trabalharia mais com a empresa brasileira.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1190722-amil-e-unitedhealth-dispensaram-intermediarios-para-fechar-preco-do-negocio.shtml

sábado, 24 de novembro de 2012

Morre Larry Hagman, o vilão J.R. Ewing da série 'Dallas'

 

Ator também integrou elenco da série 'Jeannie é um gênio'.
Agências internacionais noticiam que ele lutava contra o câncer.

 

Larry Hagman, em foto de arquivo feita em janeiro de 2012.  (Foto: Mike Blake / Arquivo / Reuters)

Larry Hagman, em foto de arquivo feita em janeiro
de 2012. (Foto: Mike Blake / Arquivo / Reuters)

O ator Larry Hagman, que ficou famoso por viver o vilão J.R. Ewing na série televisiva "Dallas" e por integrar o elenco de "Jeannie é um gênio", morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, nos Estados Unidos, em decorrência de complicações surgidas em sua luta contra o câncer.

O ator morreu às 16h20 (local) em um hospital em Dallas, indicaram integrantes da família.

No momento da sua morte, que coincidiu com a celebração do Dia de Ação de Graças nos EUA, a família e os amigos mais próximos se encontravam junto a ele, segundo precisou um comunicado familiar. "Quando expirou, estava cercado por seus entes queridos. Partiu tranquilamente, como ele teria desejado", diz a nota.

Larry Hagman, nascido em 21 de setembro de 1931, em Fort Worth (Texas), ficou mundialmente famoso por seu papel como John Ross Ewing, mais conhecido como J.R., na série "Dallas", na qual vivia um homem de negócios sem escrúpulos, malicioso e manipulador.

O ator também integrou o elenco da série de TV "Jeannie é um gênio (em inglês, "I dream of Jeannie), transmitida entre 1965 e 1970 nos EUA e que também fez sucesso no Brasil.

Hagman interpretou o astronauta Anthony Nelson, que tinha em casa uma moça chamada Jeannie, que era um gênio das histórias das "Mil e Uma Noites".

saiba mais

O ator era casado desde 1954 com a decoradora sueca Maj Axelsson, com quem tinha dois filhos. Desde 13 de junho, apesar da idade, ele voltara a Dallas para dar vida a J.R. na nova série "Dallas 2.0", produzida pela rede de televisão "TNT".

(*) Com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters

http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/11/morre-larry-hagman-o-vilao-jr-ewing-da-serie-dallas.html

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Doença rara faz empreendedor criar site e aplicativo sobre saúde

 

Uma necessidade pessoal levou Daniel Wjuniski a empreender

Uma necessidade pessoal levou Daniel Wjuniski a empreender

Um ideal, uma causa, uma missão pode mover empresas ao sucesso. O empreendedor Daniel Wjuniski, 33, teve a ideia do seu primeiro negócio quando passou por um problema de saúde. Diagnosticado com Crohn, uma doença crônica rara que afeta o intestino, ele buscou informações na internet e viu que havia pouca coisa disponível em português. Percebeu aí uma área pouco explorada.

Em 2006, ele lançou o portal Minha Vida, com informações sobre saúde e bem-estar e, este ano, o Consulte.me, site e aplicativo e que permitem consultar médicos e agendar consultas com profissionais cadastrados em todo o Brasil.

“Para empreender, é preciso encontrar algo que realmente faça sentido. Encontrei um propósito, que é ajudar as pessoas na busca de informações sobre saúde, e trabalho mais motivado”, declara.

Recentemente, a empresa recebeu aporte da Intel Capital para investir nos negócios. O valor não pode ser divulgado por questões contratuais. “É o ideal que me faz levar esse objetivo tão longe”, diz Wjuniski.

Motivação como impulso para criar

São muitos os motivos que levam uma pessoa a empreender. Uma paixão obstinada por determinado assunto, uma percepção de uma necessidade não atendida pelo mercado ou mesmo a necessidade de criar alguma solução para si próprio em virtude de algum problema não resolvido.

Em todos os casos, há uma razão poderosa que impulsiona e inspira a criar. “Ter uma motivação maior que o lucro aumenta as chances de o negócio dar certo”, declara consultor empresarial Fábio Cornélio, da FCL Consultores.

Segundo ele, quando a empresa segue um princípio no qual acredita, é mais simples atrair pessoas para o negócio. "Quem só visa o lucro será mais frio na defesa da ideia, o que afeta a obtenção de capital para o negócio. Quando há um ideal por trás do empreendimento, outras pessoas vão admirar e acabam convencidas." 

Intuição pode ser uma boa aliada na hora de criar um negócio

Para Scher Soares, fundador do Grupo Triunfo, de consultoria empresarial, inconformismo diante das dificuldades, fortes valores e crenças pessoais, vontade de contribuir com a sociedade, vontade de criar algo novo e curiosidade são algumas características pessoais que podem levar as pessoas a empreender.

Veja a seguir algumas razões que levam as pessoas a empreender, de acordo com Soares, e veja se você se encaixa em algum caso:

Inconformismo – diante de alguns obstáculos, muitas pessoas param, se resignam, se conformam. Contudo, há as pessoas que não se satisfazem com uma negativa e não freiam seu ímpeto diante das impossibilidades. Ao contrário. Pessoas assim parecem ser preenchidas com uma violenta energia quando encontram situações como essa e por vezes a canalizam para a criação de algo completamente novo. Assim, os inconformados criam novas possibilidades onde antes havia um fim. Expandem limites e fazem dessa sua natureza motivacional a plataforma para empreendimentos bem-sucedidos.

Valores – as pessoas têm crenças e valores e quanto mais fortes são esses valores, mais poderosos eles são como instrumento motivacional. Com frequência, empreendedores surgem em virtude de terem sido expostos a situações de profunda contrariedade desses valores e justamente por terem se sentido quase “violentadas” em sua natureza, decidem criar algo que faça mais sentido para suas próprias vidas.

Contribuição – algumas pessoas são movidas e, portanto, motivadas por uma necessidade de contribuir com o outro, com o meio. São as pessoas que mesmo sem perceber, naturalmente estão prestando atenção nas dificuldades das outras pessoas e sentem-se incomodadas com algumas situações. Nesse sentido, dedicam tempo a pensar e criar novos contextos para outras pessoas e para a sociedade.

Curiosidade e inventividade – a soma desses dois talentos naturais, associada a determinados conhecimentos e técnicas, produz o empreendedor criador, que é aquele movido por uma necessidade de criar ideias, produtos e coisas. São empreendedores que por vezes criam algo primeiro para só depois pensarem em mercado consumidor para aquela criação. São tão apaixonados por inventar, que aquilo se torna um processo tão natural que em algum momento cria algo de grande valor e que cria um belo negócio.

Ativação – empreendedores motivados por ativação são aqueles que parecem precisar sempre começar algo. Amam discutir ideias e possibilidades e se entediam com o marasmo de uma operação madura e recorrente. A natureza motivacional da ativação os impele a estarem o tempo todo apreciando oportunidades e, como um imã, essas pessoas parecem atrair pessoas que têm ideias, produtos e oportunidades ávidas por um empreendedor ousado, arrojado e louco por começar algo novo, de novo.

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/11/23/doenca-rara-faz-empreendedor-criar-site-e-aplicativo-sobre-saude.jhtm

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Restaurantes não poderão mais ratear os 10% de gorjeta

 

CAIXA PRÓPRIO
Restaurantes não podem mais ratear os 10% de gorjeta que seus clientes dão aos garçons. A decisão é do TST (Tribunal Superior do Trabalho). A corte deu razão a um empregado que cobrava diferenças salariais relativas à caixinha que recebia e que era dividida com outros funcionários e até com o sindicato da categoria.

CAIXA 2
O funcionário trabalhava no hotel Convento do Carmo, um dos mais luxuosos de Salvador. Perdeu a ação na Justiça baiana, que reconheceu que um acordo coletivo de trabalho permitia o rateio dos 10% de taxa de serviço. O TST, no entanto, disse que tais acordos "encontram limites" na Constituição e não podem violar direitos "não sujeitos à negociação coletiva".

CAIXA 3
Um dos argumentos usados na decisão é de que a gorjeta é forma de reconhecimento pelo bom serviço prestado.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/1189137-restaurantes-nao-poderao-mais-ratear-os-10-de-gorjeta.shtml

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Confira dicas de 11 dos maiores investidores de ações do mundo

 

 

1) Peter Lynch, consultor na Fidelity Investments

- Ações "quentes" podem subir rapidamente (...), mas uma vez que não há nada além de esperança e ar sustentando-as lá em cima, elas caem com a mesma velocidade. (Retirado do livro One up on Wall Street: how to use what you already know to make money in the market, de Peter Lynch e John Rothchild (editora Simon & Schuster, 2000)

- Independente do método que você usar para escolher ações, seu sucesso ou fracasso definitivos vão depender de sua habilidade para ignorar as preocupações do mundo por tempo suficiente para permitir que seus investimentos vinguem. Não é a cabeça, e sim o estômago, que determina o destino do investidor de ações. (Extraído do livro Beating the Street, de Peter Lynch e John Rothchild (editora Simon & Schuster, 2000)

 
2) Edward Lampert, presidente da Sears

- Antecipar-se é o segredo para investir e fazer negócios. Você não pode esperar uma oportunidade se tornar óbvia para o mercado para então investir nela. (Em entrevista à série "O melhor conselho que já recebi" da revista Fortune)

 
3) Warren Buffett, presidente da financeira Berkshire Hathaway

- Não é preciso fazer coisas extraordinárias para obter resultados extraordinários. Para realmente enriquecer, você não precisa tentar ficar rico da noite para o dia. (Retirado do livro The Tao of Warren Buffett: Warren Buffett's words of wisdom, de Mary Buffett e David Clark (editora Simon and Schuster, 2006)

- É preciso encarar as ações como pequenos pedaços de negócios. (Retirado de Warren Buffett speaks: wit and wisdom from the world's greatest investor, de Buffett e Janet Lowe (editora John Wiley and Sons, 2007)

- Veja a oscilação do mercado como um amigo, não um inimigo - lucre com essa loucura, ao invés de participar dela. (Retirado de Warren Buffett speaks: wit and wisdom from the world's greatest investor, de Buffett e Janet Lowe (editora John Wiley and Sons, 2007)

- Você deve investir assim como os católicos se casam - para toda a vida. (Retirado do livro The Tao of Warren Buffett: Warren Buffett's words of wisdom, de Mary Buffett e David Clark (editora Simon and Schuster, 2006)

 
4) Jack Bogle, fundador do Vanguard Group

- Marche no seu próprio ritmo, busque o ideal, concentre-se no objetivo que têm às mãos. (...) Se você tiver um grande palpite, faça-o. (Em entrevista ao The Philly Inquirer)

 
5) Carl Icahn, dono da Icahn Partners e de cassino em Las Vegas

- Eu ganho todos esses bilhões de dólares porque existem muitas empresas com problemas que podem ser facilmente resolvidos. (Em entrevista à coluna "Money Talks", de Steven Bertoni, na revistaForbes)

 
6) T. Boone Pickens, presidente da BP Capital Management

- Aprenda a analisar bem os riscos dos ativos e expectativa de ganhos, porque nada substitui uma boa investigação. (Retirado de seu site oficial)

- Mire os objetivos, não o tamanho da empresa. Você não consegue medir a capacidade de um lugar pelo seu tamanho, a não ser um estádio de futebol.(Retirado de seu site oficial)

 
7) Kirk Kerkorian, dono da Tracinda e MGM Mirage

- Sempre deixe portas abertas. É tolerável perder quase tudo o que você tem, contanto que consiga novamente arrecadar dinheiro para outro projeto.(Las Vegas Review-Journal)

 
8) Bill Miller, presidente da Legg Mason Capital Management

- Nos mercados, todos tendem a perceber as mesmas coisas, ler os mesmos jornais e consultar as mesmas fontes de informação. A única maneira de chegar a uma solução diferente é organizar dados de outra forma ou analisar fatos que não são geralmente analisados. (Retirado do site oficial de sua empresa)

 
9) George Soros, presidente da Soros Fund Management e do Open Society Institute

- O que importa não é se você está certo ou errado, mas sim quanto dinheiro você ganha quando está certo e quanto você perde quando está errado.(Trecho do livro Soros: the world's most influential investor, de Robert Slater (editora McGraw Hill, 2009)

- Eu cometo tantos erros quanto qualquer um. Mas acho que me destaco por reconhecer meus erros. E esse é o segredo do meu sucesso. (Do livro Soros: the world's most influential investor, de Robert Slater (editora McGraw Hill, 2009)

- Invista antes e investigue depois. (Do livro Soros: the world's most influential investor, de Robert Slater (editora McGraw Hill, 2009)

 
10) Donald Trump, investidor imobiliário, dono da Trump World Tower, em Nova York

- A experiência me ensinou algumas coisas. A primeira é seguir seu instinto, não importa o quanto algum projeto pareça excelente no papel. A segunda é que você será quase sempre melhor se ater-se ao que conhece. E a terceira é que, às vezes, seus melhores investimentos são aqueles que você não faz. (Entrevista à New York Magazine, em 1987)

 
11) Jim Rogers, criador do Quantum Fund, com George Soros

- Não comece a investir antes de poder afirmar com toda a certeza que você conhece mais a fundo essa empresa que 98% dos analistas de Wall Street. Acredite em mim, isso pode ser feito. Mas só com um esforço adicional. (Retirado do livro A gift to my children: a father's lessons for life and investing, de Jim Rogers)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Composto descoberto pela Unesp de Araraquara, SP, pode tratar Alzheimer

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), montaram um banco de dados com informações sobre compostos químicos extraídos da biodiversidade brasileira. Um deles, que já está patenteado, poderá ser usado no tratamento do mal de Alzheimer.

A descoberta, uma das mais importantes, nasceu da árvore Senna Spectablis, popularmente conhecida como Cássia do Nordeste. Os pesquisadores verificaram que ela tem substâncias que podem ajudar no tratamento da doença de Alzheimer. “Isso porque ela atua no sistema nervoso central e, assim, diminui os sintomas típicos da doença”, destacou a pesquisadora Vanderlan da Silva Bolzani.

O medicamento pode ser uma esperança para tantas famílias como a da aposentada Valderes Pedro Gomido, que descobriu a doença há quatro anos. Desde então, além dos remédios, ela faz atividades em grupo. “A gente vai ao cinema em todo lugar, mas sozinha eu não faço mais”, contou.

São as filhas que se revezam para cuidar da mãe. Elas usam uma lousa para anotar as tarefas e nunca deixam a idosa sozinha. “Agora inverteu um pouco, a gente que tem que ter cuidado com quem ligou, porque que ligou. A gente tem que ver do que ela precisa, ao invés dela cuidar da gente, é a gente que tem que cuidar dela”, disse a terapeuta ocupacional Sylvia Regina Gomide.

Efeitos medicinais
Durante a pesquisa, várias plantas revelaram efeitos medicinais. Uma erva conhecida como guaçatonga, por exemplo, é muito usada pela população para fazer chás para quem tem úlcera de estômago, mas os pesquisadores identificaram substâncias que podem ajudar ainda no desenvolvimento de remédios contra o câncer.

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Para chegar até esses novos princípios ativos é preciso colher amostras de uma mesma espécie em épocas e lugares diferentes. “Dependendo das condições do solo e de luz, ela vai produzir essas substâncias de maneira diferente”, explicou o pesquisador da Unesp Ian Castro-Gamboa.

Banco de dados
Durante 15 anos de estudos, os pesquisadores identificaram 640 substâncias de mais de 220 plantas da mata atlântica e do cerrado. Agora, todas essas informações estão disponíveis no site www.nubbe.iq.unesp.br para quem quiser acessar de qualquer lugar do mundo.

No site, é possível estudar as substâncias identificadas pelos pesquisadores, quais aplicações elas podem ter e de que plantas foram extraídas. “Essas informações já estavam disponíveis nas revistas cientificas, mas era muito importante criar um banco de dados para agilizar e facilitar o acesso de outros pesquisadores”, finalizou a pesquisadora Marília Valli.

Laboratório da Unesp de Araraquara tem banco de dados de plantas medicinais (Foto: Reprodução/EPTV)

Laboratório da Unesp de Araraquara tem banco de dados de plantas medicinais (Foto: Reprodução/EPTV)

http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2012/11/composto-descoberto-pela-unesp-de-araraquara-sp-pode-tratar-alzheimer.html

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dilma diz que Brasil não tem pretensão de dar 'receita' à Espanha

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (19),  após a primeira sessão plenária da Cúpula Ibero-Americana em Madrid, que o Brasil não quer dar “receita" [contra crise econômica] para a Espanha.

“Não tenho pretensão de dar receita para a Espanha. Estou falando a respeito do que deve ser uma atitude perante a crise a partir da experiência do meu país. Só conseguimos de fato sair de uma situação de crise quando fizemos controle dos gastos públicos com crescimento. Quando apostamos no nosso mercado interno e desenvolvemos uma política de exportações”, afirmou.

Dilma participou do encontro bilateral com o presidente de governo espanhol, Mariano Rajoy. Após a reunião, a presidente e Rajoy deram entrevista coletiva. Dilma Rousseff voltou a  defender a conciliação entre medidas de equílibrio de gastos governamentais com desenvolvimento econômico para solucionar a crise financeira global.

"Eu considero que a combinação de austeridade e crescimento é a melhor maneira para superar os desafios colocados por uma crise. Até porque temos uma experiência de que o baixo crescimento, em vez de diminuir o déficit, o déficit faz apenas aumentar. Entendemos que o equilíbrio fiscal e crescimento são absolutamente compatíveis", disse a presidente.

DIlma Rousseff chega para reunião com Mariano Rajoy, presidente do governo Espanha, no Palácio de Moncloa, em Madri. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

DIlma Rousseff chega para reunião com Mariano Rajoy, presidente do governo Espanha, no Palácio de Moncloa, em Madri. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma também defendeu a manutenção do euro como fundamental para a economia global. "O euro é uma grande conquista de um conjunto de homens e mulheres que tiraram das cinzas da 2ª Guerra, juntamente com a União Europeia, o euro. Esse produto não pode desaparecer. Tem uma questão política central, a firmação da importância do euro para a União Europeia e para o mundo. A especulação contra o euro tem que ser combatida", disse a presidente.

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De acordo com Dilma, além da conversa sobre a crise internacional, estiveram na pauta questões sobre parcerias estratégicas entre Espanha e Brasil."O presidente e e eu discutimos também parcerias em todas as áreas estatégicas. A presença de investidores espanhóis nas áreas de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos é para nós uma excelente contribuição estratégica", afirmou Dilma.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/11/dilma-diz-que-brasil-nao-tem-pretensao-de-dar-receita-espanha.html

domingo, 18 de novembro de 2012

Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo

 

Um estudo resolveu mostrar toda a verdade por trás das fotos de gente rica, magra e boazinha postadas no Facebook.

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De acordo com um estudo da Universidade de Colúmbia e de Pittsburgh, a imagem positiva que surge a partir da página faz com que o autocontrole das pessoas diminua.

Uma das consequências mais fáceis de perceber é a agressividade.

"Quando você se sente bem consigo mesmo, você se sente no direito de fazer as coisas. E você quer proteger aquela imagem melhorada, o que faz com que as pessoas reajam tão fortemente àquelas que não concordam com suas opiniões", disse Keith Wilcox, um dos autores do estudo, ao "Wall Street Journal".

Andrea Michele Piacquadio/Shutterstock

Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo

Facebook te deixa mais gordo, pobre e malvado, diz estudo

O estudo foi dividido em cinco partes e contou com 541 participantes e, também, chegou a desagradável conclusão que os usuários do "face" ficam mais gordas e pobres.

Aqueles que passam mais tempo on-line e tinham muitos amigos na rede social tinham mais tendências de comer besteira e ter mais gordura no corpo, assim como mais dívidas no cartão de crédito.

Outra parte do estudo mostrou que aqueles que passavam cinco minutos no Facebook, ficavam mais inclinados a comer biscoito do que uma barra de cereal.

Além disso, os internautas mostravam mais preguiça na hora de resolver problemas matemáticos e desistiam mais facilmente.

O porta-voz do Facebook não quis comentar o assunto ao "WSJ".

http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1181111-facebook-te-deixa-mais-gordo-pobre-e-malvado-diz-estudo.shtml

sábado, 17 de novembro de 2012

Vai contratar empréstimo? Confira quanto você pagaria em cada banco

 

SÃO PAULO – A taxa média de juros do cheque especial caiu 0,08 ponto percentual em novembro, e as do empréstimo pessoal diminuíram 0,01 p.p., de acordo com pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo e divulgada na última quarta-feira (14).

A taxa média dos bancos para o cheque especial foi de 7,92% ao mês, decréscimo em relação à medição anterior, de 8% ao mês. No caso do empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados ficou em 5,35%, percentual inferior aos 5,36% registrados em outubro.

Antes de contratar um empréstimo pessoal, o consumidor deve ficar atento e avaliar a real necessidade, os custos envolvidos e a capacidade de pagamento. A mesma atenção deve ser dada para o uso do limite do cheque especial, que deve ser destinado para situações emergenciais e de curto prazo.

Se contratar o crédito for realmente inevitável, o consumidor deve fazer uma pesquisa entre as instituições bancárias, pois as taxas variam de banco para banco.

O levantamento do Procon-SP foi realizado no dia 05 deste mês e envolveu Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

Comportamento por banco

Independentemente da queda na média mensal verificada nos produtos analisados, é importante saber que as taxas variam de banco para banco, o que faz com que o gasto com juros seja muito diferente, de acordo com a instituição onde o consumidor contrata o crédito.

Para se ter uma ideia da diferença, a menor taxa cobrada para a modalidade cheque especial é de 4,27% ao mês – percentual cobrado pela Caixa Econômica Federal. Para a mesma modalidade, a taxa chega a 9,87% no Santander - a maior verificada pelo Procon.

Na tabela abaixo, é possível traduzir em valores quanto essa diferença representa. Para o cálculo, foi considerado que o cliente utilizou o limite de R$ 950 de sua conta-corrente pelo período de um mês:

Cheque especial por 1 mês *

Banco
Taxa mensal
(média/novembro) 
Gasto total

Santander
9,87%
R$ 1.043,77

HSBC
9,82%
R$ 1.043,29

Bradesco
8,76%
R$ 1.033,22

Itaú
8,75%
R$ 1.033,13

Safra
8,25%
R$ 1.028,38

Banco do Brasil
5,70%
R$ 1.004,15

Caixa Econômica Federal
4,27%
R$ 990,57

Já quando se toma um empréstimo pessoal, a menor taxa também pode ser encontrada na Caixa Econômica Federal (3,88% ao mês). No Itaú é encontrada a maior taxa média para essa modalidade de crédito (6,56% a.m.). O cálculo a seguir mostra quanto custa emprestar R$ 1,5 mil para pagamento ao longo de 12 meses, assim como a variação do custo do dinheiro de banco para banco:

Empréstimo pessoal em 12 meses *

Banco
Taxa mensal
(média/novembro) 
Gasto total

Itaú
6,56%
R$ 2.213,39

Bradesco
6,17%
R$ 2.167,04

Santander
5,91%
R$ 2.136,41

HSBC
5,77%
R$ 2.120,00

Safra
4,90%
R$ 2.019,42

Banco do Brasil
4,27%
R$ 1.948,11

Caixa Econômica Federal
3,88%
R$ 1.904,61

*Valor contratado: R$ 1,5 mil. Pagamento durante 12 meses
Compilação: InfoMoney (os dados não levam em consideração outros encargos, como IOF - Impostos sobre Operações Financeiras)

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Comércio apoia nova nota fiscal, mas questiona custo e complexidade

A nova nota fiscal, com o detalhamento do valor de impostos, conforme projeto de lei aprovado na Câmara, garante maior transparência, mas ainda não há consenso sobre a viabilidade do projeto, devido, principalmente, à complexidade do sistema tributário brasileiro, e também aos custos que a mudança pode significar para o empresário, segundo representantes do varejo e especialistas consultados pelo G1.

Na noite de terça-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que obriga que as notas fiscais informem o valor de impostos embutidos nos produtos ou serviços adquiridos pelo consumidor. De iniciativa popular e apresentada inicialmente no Senado, o projeto precisa agora ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

“A ideia é excepcional. Isso geraria transparência e somos plenamente favoráveis ao intuito da lei. (...) O problema todo está na complexidade do sistema tributário brasileiro, que foi projetado para esconder os tributos e permitir, inclusive, que haja bitributação”, diz Roque Pellizzaro Júnior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). “Vejo dificuldades na implantação.”

Em entrevista nesta quarta-feira (14), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que é favorável ao projeto de lei, mas prevê "dificuldades operacionais" para implantar as mudanças.

O presidente da CNDL destaca que o regime tributário varia muito, dependendo do tamanho da empresa, do tipo de produto. “Se sou microempresa, tenho um tipo de tributação; pelo lucro real, outro tipo de tributação; pelo presumível é outro ainda. (...) Cide vai discriminar quem é posto de combustível; PIS/Cofins, quem está no Simples, não vai aparecer, mas quando compro um produto, ele tem PIS/Cofins embutido”, explica. “Posso afirmar que é praticamente impossível que coloque um número preciso do tributo. Pode ser que se consiga um valor aproximado.”

Modelo para nova nota fiscal elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) (Foto: Editoria de Arte/G1)

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) faz menos ressalvas em relação ao projeto de lei. A entidade acredita, por exemplo, que o prazo de seis meses para que os estabelecimentos se adaptem, após sanção da Presidência, seria mais que suficiente. A ACSP já formulou, inclusive, um modelo sugerido de nota fiscal com o campo dos impostos discriminados (veja acima).

saiba mais

Rogério Amato, presidente da ACSP, diz que a aprovação do projeto de lei veio depois de uma espera de 2.365 dias e afirma que saber quanto está sendo pago de imposto é um direito de todo cidadão, previsto na Constituição. “Mas nosso manicômio tributário é tão absurdo que ninguém sabe o que está pagando”, critica.

Ele destaca que a entidade não é contra o pagamento de impostos. “Somos a favor, mas nós queremos saber o quanto estamos pagando e para onde está indo isso”, diz.
Custos da mudança
Outro ponto de questionamento é em relação aos custos desta mudança. “Em relação ao varejo, a imensa maioria é de PMEs [pequenas e médias empresas] e isso vai significar um custo a mais. O prazo de seis meses é muito curto, não vão conseguir se adaptar”, argumenta Pellizzaro Júnior, da CNDL.

   CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL

Produto
Tributos

Arroz
17,24%

Feijão
17,24%

Leite
18,65%

Moto (até 125 cc)
46,81%

Gasolina
53,03%

Álcool (combustível)
25,86%

Geladeira
36,98%

Fogão 4 bocas
27,28%

Telefone celular
39,80%

Serviço de TV por assinatura
46,12%

Universidade (mensalidade)
26,32%

Academia
26,86%

Fonte: IBPT
Atualizada em setembro de 2012

Claudio Felisoni de Angelo, presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo (Provar/Ibevar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), também avalia que a implementação do projeto pode resultar em custos para as empresas. “Haverá mudanças operacionais que vão impactar no curto prazo, mas acho que os benefícios superam em larga monta esses custos”, opina.

Para a ACSP, entretanto, a mudança não acarretará em aumento de gastos para as empresas. “Posso afirmar categoricamente que não vai haver nenhum custo adicional. Já existe um software, desenvolvido pelo IBPT [Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário], que está lendo os nove impostos”, diz Amato. “Se tivéssemos que pagar alguma coisa, ainda assim, valeria muito a pena”.
Nove impostos
Gilberto Luiz do Amaral, presidente do conselho superior e coordenador de estudos do IBPT, informa que, desde outubro do ano passado, a entidade mantém no ar o site “Lupa no Imposto”, em que qualquer pessoa pode consultar a carga tributária incidente nos produtos. Ele afirma, entretanto, que será preciso fazer adaptações, dependendo do que for ou não sancionado.

“Criamos o ‘Lupa no Imposto’ já prevendo a aprovação da lei. Agora vamos nos adequar de acordo com os critérios estabelecidos pela lei. Trata-se de um software que está apresentado hoje num site e que será disponibilizado para que as empresas se conectem a ele via web service e que possam ter essas questões (nota fiscal e painéis informativos), sem custo nenhum. Este é um serviço que será disponibilizado pelo IBPT, em conjunto com a Associação Comercial”, explica.

O sistema já está lendo os impostos exigidos no projeto de lei, ou seja, ICMS, ISS, IPI, IOF, IR, CSLL, PIS/Pasep, Cofins e Cide. Vale lembrar que os impostos variam dependendo do tipo de produto ou serviço, do Estado da federação, se é indústria ou comércio, se está comercializando para a cadeia produtiva ou varejo, etc. “Vivemos num país que tem o sistema tributário mais complexo do mundo, não é simples”, admite Amaral.

Nosso manicômio tributário é tão absurdo que ninguém sabe o que está pagando”,

Rogério Amato, presidente da ACSP

Para ele, o projeto não implica em aumento da burocracia. “O empresário precisa deixar de ser cabeça dura, porque ali vai estar demonstrado que grande parte do preço que ele cobra do consumidor é de imposto”, afirma.

Vantagens para a população
Felisoni argumenta que o projeto de lei é uma “questão política de conscientização da população”. “O peso do governo é absurdo. (...) O governo é um prestador de serviços com base naquele valor que está sendo recolhido em determinado produto que eu compro”, diz.

“As pessoas precisam tomar consciência e, a partir desta clarificação, perceber quem é o grande ‘sócio’. E começar a cobrar, de forma mais efetiva, o resultado deste valor que é pago. É muito fácil dizer ‘o preço é tanto’, mas têm 40%, 50% de imposto embutido. E esse dinheiro todo financia uma máquina que, nós sabemos, é muito ineficiente”, acrescenta.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) também vê vantagens na aprovação do projeto de lei, mas faz ressalvas. “Realmente estava na hora de a sociedade como um todo conhecer efetivamente o quanto paga-se de imposto no Brasil”, diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Conselho de Assuntos Tributários da entidade.

O receio, no entanto, é que a regulamentação da lei transfira o ônus da alteração para o empreendedor brasileiro. “Quem paga por toda alteração é sempre o contribuinte”, critica.

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As pessoas precisam tomar consciência e, a partir desta clarificação, perceber quem é o grande ‘sócio’. E começar a cobrar, de forma mais efetiva, o resultado deste valor que é pago"

Claudio Felisoni de Angelo, da Fundação Instituto de Administração (FIA)

Ele lembra que a mudança exigiria que as empresas reestruturassem seus sistemas de controle. “Os empresários precisariam ser incentivados com recursos de crédito tributário, porque senão vai acabar pagando essa com certeza e a formalidade vai ser prejudicada mais uma vez no nosso país. Isso vai aumentando o Custo Brasil”, diz. Para Alcazar o mais importante seria reformular o sistema tributário do país.

Cidadania fiscal
Do ponto de vista do consumidor, a aprovação foi recebida com entusiasmo. Para Paulo Arthur Góes, diretor-executivo da Fundação Procon-SP, a transparência é importante. “Isso aqui é nada mais que cumprir aquilo que está na Constituição, a educação do cidadão para as questões tributárias. Estamos falando de cidadania fiscal”, argumenta.

Conhecer o que está sendo pago é dar ao cidadão a chance de ele se “empoderar”, defende. “Você só é capaz de cobrar aquilo que tem conhecimento. A partir do momento que você consegue entender, discernir, pode exigir a contrapartida”, diz.

“Assim como no caso da nota paulista, tem tudo para tornar mais consciente o consumidor daquilo que ele paga, o valor efetivo da mercadoria, inclusive para poder participar cada vez mais do processo da democracia. Ele é protagonista deste processo, e não um mero telespectador”, acrescenta Góes.

Mas ele também reconhece que "a viabilização prática deste projeto é muito difícil, dada a complexidade do nosso sistema tributário atual”.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/11/comercio-apoia-nova-nota-fiscal-mas-questiona-custo-e-complexidade.html