quinta-feira, 25 de abril de 2013

Veja 10 motivos para fazer a declaração completa

 

Modelo costuma ser vantajoso para quem tem muitos gastos dedutíveis.
Para valer a pena, contribuinte precisa juntar mais de R$ 14 mil em recibos.

Completa ou simplificada? O programa da Receita Federal permite que o contribuinte faça  simulações e compare os modelos de declaração do Imposto de Renda e descubra na hora do preenchimento qual a opção mais vantajosa para o seu perfil. Algumas situações, entretanto, podem ajudar na hora de escolher o modelo mais adequado para cada declarante.

Via de regra, optar pelo modelo completo de declaração só costuma valer a pena para quem tem gastos expressivos com despesas médicas, educação ou tem dependentes, e consiga juntar mais de R$ 14 mil em recibos de despesas que podem ser abatidas.

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Confira a seguir motivos e situações que podem tornar a declaração completa a melhor opção:

1) Limite de dedução mais alto: na versão completa, o contribuinte precisa detalhar e deduzir os ganhos e despesas do ano anterior. Segundo o contador e diretor da Direto Contabilidade, Silvinei Cordeiro Toffanin, para quem possui muitas despesas dedutíveis este modelo costuma ser mais vantajoso, já que a declaração simplificada tem um limite de dedução de R$ 14.542,60.

2) Comprovantes de despesas dedutíveis: para poder usar o modelo de declaração completa, o contribuinte precisa ter em mãos para o preenchimento os recibos de despesas pagas com instrução, saúde, previdência, pensão alimentícia, empregado doméstico e despesas de livro caixa. Vale destacar que todos os comprovantes precisam estar em nome do contribuinte e de seus dependentes.

3) Mais de R$ 14.542,60 em recibos: o modelo completo é mais vantajoso para quem conseguir juntar recibos de despesas que podem ser abatidas num valor total acima de R$ 14.542,60, que é o teto de limite de dedução do modelo simplificado. Quando os gastos anuais dedutíveis não superam essa valor o mais vantajoso é a declaração simplificado, que não exige comprovação e deduz automaticamente 20% do rendimento anual do contribuinte.

4) Gastos expressivos com educação: despesas com instrução têm, este ano, o limite de R$ 3.091,35 por titular e cada um dos dependentes. Vale lembrar, entretanto, que são dedutíveis apenas os pagamentos de mensalidades e anuidades para cursos de educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, cursos de pós-graduação e cursos técnicos profissionalizantes. A lista de deduções não inclui gastos com atividades extracurriculares como escolas de idiomas, artes, esportes e cursos paralelos. Cursos preparatórios para vestibular ou concursos também estão fora.

5) Gastos expressivos com despesas médicas: não há limite de valor para as deduções com despesas médicas. Nesse sentido, optar pelo modelo completo é sempre mais vantajoso para o contribuinte que possui gastos elevados com clínicas, hospitais, médicos e plano de saúde. Vale lembrar que despesa odontológica também é despesa médica. Gastos com medicamentos ou clínicas veterinárias, porém, não podem ser inclusos nos descontos.

6) Filhos e dependentes: o contribuinte que possui filho(s) ou dependentes deve considerar a opção de declaração completa. Pelas regras da Receita, para cada dependente que é declarado é garantindo automaticamente uma dedução de R$ 1.974,72. A versão completa só será mais vantajosa, entretanto, se o valor total das despesas passíveis de dedução for superior a R$ 14.542,60, que é o teto de limite do modelo simplificado.

7) Gastos com Previdência: a Receita permite deduzir os gastos com contribuições à previdência oficial, privada e Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual). O contador Toffanin, da Direto Contabilidade, explica que essas contribuições ficam limitadas a 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda devida.

8) Gastos com pensão alimentícia: Podem ser deduzidos, sem limites de valor, as importâncias pagas a título de pensão alimentícia no ano de 2012 em decorrência de decisão judicial ou acordo homologado por escritura pública. O contribuinte vai precisar dos recibos dos pagamentos assinados por quem recebeu o benefício.

9) Despesas com empregada ou babá: o limite de abatimento da contribuição patronal do INSS sobre a remuneração do empregado doméstico é de R$ 985,96. O valor corresponde à alíquota de 12% aplicada sobre o salário mínimo de R$ 622 vigente no ano passado. Caso o empregador pague mais de um salário mínimo, ele não pode abater todo o valor gasto com a contribuição patronal do INSS.

10) Despesas de livro caixa: profissionais liberais que fazem uso do livro caixa para registrar os ganhos e despesas ligadas à sua atividade profissional deverão declará-las em um programa específico, o carnê-leão, disponível para download no site da Receita Federal.
Depois de informar e salvar as entradas e saídas de caixa mês a mês, vá ao menu "ferramentas" e clique na opção "exportar". Depois vá ao programa IRPF e escolha a opção "exportar". As informações serão transferidas para o programa.

http://g1.globo.com/economia/imposto-de-renda/2013/noticia/2013/04/veja-10-motivos-que-podem-tornar-declaracao-completa-melhor-opcao.html

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Plano de saúde que negar cobertura poderá ser multado e até suspenso

 

Ministério da saúde anuncia novas regras nesta quarta-feira (24).
Cobertura é motivo de 75% das reclamações feitas contra planos.

Reclamações contra planos de saúde que negarem cobertura poderão resultar em multas e até suspensões dos planos a partir de julho. Antes, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não incluía reclamações sobre cobertura em seus relatórios. O anúncio das novas regras será feito nesta quarta-feira (24) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em audiência pública no Senado Federal.

Negativas de cobertura relacionadas a lista de procedimentos, período de carência e rede de atendimento passarão a fazer parte dos relatórios trimestrais de monitoramento que a ANS faz desde dezembro de 2011. Segundo o ministério da Saúde, a rejeição de cobertura é o principal motivo de reclamações contra os planos: 75,7% delas tratam do assunto.

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Até agora, eram listadas apenas as informações sobre descumprimento dos prazos para marcação de consultas e exames. O último relatório que será divulgado pelo ministro, no entanto, já inclui as novas regras. De dezembro do ano passado a março deste ano, foram 13.348 reclamações, envolvendo 509 operadoras de planos de saúde.

Os planos que aparecem nesses relatórios podem ser multados em até R$ 100 mil, serem suspensos em caso de reincidência e levar ao afastamento de seus dirigentes. As medidas administrativas, entretanto, só poderão ser aplicadas a partir do segundo relatório com as novas regras, que será concluído em julho - por isso, nenhum plano ou operadora foi suspenso após o relatório que será divulgado nesta quarta-feira.

Suspensos
O último relatório, referente ao período entre setembro e dezembro do ano passado, resultou na suspensão de 29 operadoras - destas, 12 já foram liberadas. Das 17 restantes, oito estão deixando o mercado e as outras nove estão no chamado "regime especial de direção técnica" ou sendo direcionadas para isso.

Desde o início do monitoramento, no fim de 2011, a ANS registrou 44.755 reclamações. O resultado foi a suspensão temporária de 396 planos, correspondentes a 56 operadoras -16 delas estiveram presentes em todos os relatórios feitos pela agência até agora e por isso foram indicadas para o regime especial de direção técnica. Outras 11 fizeram um compromisso com a ANS para melhorar questões como estrutura da rede, centrais de atendimentos e marcação de procedimentos.

 

http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/04/plano-da-saude-que-negar-cobertura-podera-ser-multado-e-ate-suspenso.html