Aplicar dinheiro na Bolsa requer atenção dos investidores, que devem conhecer histórico das empresas
A Bolsa de Valores é um território cheio de possibilidades: mesmo sem tantos recursos, é possível investir em empresas ligadas a ramos diversos. Mas quem se lança a esse mercado de investimentos deve estar atento às mudanças - e precisa acompanhar movimentos de organizações que começam a se mostrar rentáveis. Mesmo assim, vale apostar naquelas que já têm mais história. "Há quem entre no mercado, mostre bons resultados e acabe caindo do dia para a noite", diz o sócio-diretor da Victoire Brasil Investimentos Paulo Del Priore.
O crescimento econômico brasileiro vem sendo um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento de vários setores. A educação é um deles. O Kroton Educacional esteve no topo do ranking de crescimento de empresas deste setor, com valorização de 127% em 2012. As ações KROT11 começaram o ano a R$ 18,29. No final de novembro, haviam chegado a R$ 40,60. Para o estrategista de investimentos da SLW Corretora de Valores e Câmbio, Pedro Galdi, a explicação está no aumento pela procura por mão de obra especializada. "A demanda por cursos de capacitação já é grande e deve continuar crescendo, favorecendo esse mercado daqui para frente. As pessoas precisam estudar", diz. Com mais de 45 anos de atuação no Ensino Básico e quase 10 anos no Ensino Superior, o grupo está presente em nove estados do País.
A Hypermarcas valorizou 86,2% neste ano. A empresa é uma das maiores companhias de bens de consumo com capital de origem brasileira, com foco nas áreas de Farma e Consumo. Entre as marcas da holding, estão Cenoura & Bronze, Bozzano, Benegrip e Atroveran. "Esse papel sofreu no ano passado. Acabou crescendo demais e perdendo um pouco o controle. Mas depois de uma reestruturação que levou à venda de algumas marcas, os números voltaram a ser animadores", diz. No início de janeiro, a HYPE3 girava em torno de R$ 9. Onze meses depois, passa de R$ 16. "O mercado doméstico deve seguir em ascensão, beneficiando marcas voltadas a consumo doméstico", afirma Galdi.
Além de lotar corredores de shoppings e lojas de departamentos, o aumento do poder aquisitivo, principalmente das classes C e D, tem sido bom para empresas do varejo. Prova disso é o crescimento de redes como Lojas Americanas e Renner. "O desempenho satisfatório dessas empresas é um reflexo da situação brasileira atual. O varejo todo vai bem. Essa valorização também é mais ou menos forte por conta das demandas de investidores", explica. As ações LAME4, das Americanas, começaram 2012 valendo R$ 14,83 e fecharam outubro a R$ 17. O caso da Renner foi semelhante: o ano teve início com as ações LREN3 (ON) a R$ 51. Em outubro, valiam 75,20.
Priore reforça a necessidade de prestar atenção ao histórico das empresas. "É importante que haja um cuidado com o investidor", afirma. O especialista cita a Marcopolo, uma das maiores fabricantes mundiais de ônibus, como um case de sucesso. A empresa passou por um momento de turbulência em 2008, mas fecha 2012 com bom aproveitamento - depois de começar janeiro com a POMO4 a R$ 7,92, chega ao final de outubro com a ação a R$ 11,91. Nem sempre a empresa é a mais rentável, mas ela dá segurança, e isso é essencial", aconselha.
http://invertia.terra.com.br/operacoes-cambiais/noticias/0,,OI6352967-EI20363,00-Atencao+ao+mercado+e+fundamental+para+investimento+em+acoes.html
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