Tudo começou dentro de casa, no bairro pobre da Chatuba. A menina arrastou os móveis e criou escola, creche e academia de dança.
Baixada Fluminense, Rio de janeiro. No bairro pobre da Chatuba, marcado pelas adversidades, um “Mundo Novo” se abriu para as crianças e adolescentes.
Um prédio é o endereço da esperança, um refúgio onde centenas de meninos e meninas passam o dia se preparando para o futuro. E não pagam nada por isso.
E pensar que há 13 anos não tinha nada parecido por lá. Nenhuma oportunidade, nenhuma ocupação para o tempo ocioso depois da escola.
Todas essas atividades surgiram de um ideal da Bianca Simãozinho. E ela tinha só 16 anos.
No começo a ideia da Bianca era dar aula de reforço escolar, teatro e dança para as crianças da comunidade no apartamento onde ela morava com os pais. Em uma semana e três cartazes de divulgação mais de 100 crianças se inscreveram. E ela levou todo mundo para dentro do apartamento. É claro que tudo virou de cabeça pra baixo.
A família da Bianca deu a maior força. Principalmente a mãe, Lucimar, que de uma hora para outra passou a dividir a despensa da casa com dezenas de crianças. Ninguém saía de barriga vazia.
À medida que aumentava o número de crianças na fila de espera, crescia também o número de doações e colaboradores. Foram os voluntários que levantaram o prédio de três andares onde antes era um terreno baldio.
O sonho da menina cresceu. Hoje o projeto consegue atender 500 pessoas. São 150 crianças. Vinte voluntários ajudam a tocar esse mundo novo criado pela Bianca, a começar pelos parentes. É possível dizer que essa é uma grande família.
Para que tudo funcione, são gastos R$ 40 mil por mês. Algum dinheiro sai do ateliê do projeto, que atende a encomendas, além de ensinar corte e costura às mães dos alunos que não têm uma profissão. Tem também um bazar de encher os olhos da mulherada. Cheio de roupas e bijouterias novinhas.
Mas em tempos de crise econômica, muitas pessoas e empresas deixam de colaborar. Sem verba, algumas atividades, como o reforço escolar, podem ser suspensas em breve.
As dificuldades emocionam, mas não paralisam essa família corajosa e batalhadora.
http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/07/menina-de-16-anos-abriu-portas-do-futuro-para-500-pessoas-no-rj.html
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