sexta-feira, 18 de maio de 2012

Brasileiro cofundador do Facebook pode ser impedido de entrar nos EUA Eduardo Saverin renunciou à cidadania norte-americana.



Para senadores, decisão foi 'manobra' para evitar pagamento de impostos.



eduardo saverin 300 (Foto: Huffington Post)Senadores atacam Saverin, mostra capa do
'Huffington Post' (Foto: Huffington Post)
O brasileiro cofundador do Facebook, Eduardo Saverin, que renunciou à sua cidadania norte-americana, foi acusado por dois senadores dos Estados Unidos nesta quinta-feira (17) de tê-lo feito para evitar impostos sobre os lucros do Facebook nos mercados de ações.
"É enfurecedor ver alguém vender o país que o recebeu de braços abertos, protegeu-o, educou-o e ajudou-o a se tornar milionário", disse o senador Charles Schumer à imprensa. "Queremos impedir esse estratagema".
Em uma nota enviada por seu porta-voz, Saverin disse que pagará "centenas de milhões de dólares em impostos ao governo norte-americano".
"Eu paguei e continuarei a pagar quaisquer impostos sobre tudo que lucrei enquanto cidadão norte-americano", diz a nota. "É lastimável que minha escolha pessoal tenha gerado um debate público, baseado não em fatos, mas somente em especulação e informações falsas".
Saverin disse que sua decisão de renunciar à sua cidadania norte-americana e se mudar para Cingapura se baseou somente "em meu interesse em trabalhar e viver em Cingapura, onde resido desde 2009".
Facebook vai levantar bilhões de dólares numa oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que poderia gerar grandes impostos, estimados em 67 milhões de dólares, sobre o ganhos de Saverin, que ainda é parcialmente dono da empresa.
Brasileiro, Saverin foi educado nos Estados Unidos e se tornou um cidadão norte-americano. Durante seus estudos universitários, ele foi cofundador do Facebook junto a Mark Zuckerberg e outros.
Saverin vive hoje em dia em Cingapura, cuja legislação não inclui impostos sobre ganhos de capital. O imposto a longo prazo sobre ganhos de capital nos Estados Unidos é de, no mínimo, 15%.
Schumer e o senador Bob Casey, ambos membros do Partido Democrata, disseram que vão propor legislações com o fim de atacar o que veem como uma maneira de expatriados evitarem impostos.
A lei presumiria que expatriados com patrimônio de US$ 2 milhões ou mais, cujo valor médio pago em impostos tenha superado US$ 148 mil nos últimos cinco anos, renunciaram a sua cidadania com o objetivo de evitar impostos.
Esses expatriados de alta renda teriam uma chance de provar o contrário ao Internal Revenue Service (a Receita Federal dos EUA), mas, se não forem bem sucedidos, teriam de enfrentar taxação de 30% em futuros ganhos sobre investimentos, não importando onde residam.
Caso não paguem esses impostos, seriam proibidos de reentrar nos Estados Unidos.

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